O trabalho de campo é uma importante prática da geografia em diferentes perspectivas. Este artigo insere-se nesse contexto com uma experiência de pesquisa que entende o trabalho de campo não só como instrumento específico para a obtenção de dados, mas como um processo de construção de conhecimento marcado pela vivência do pesquisador em campo, com lógicas e dinâmicas socioespaciais de interação, posicionalidade e reflexividade. A pesquisa qualitativa analisou espacialidades cotidianas de pessoas em situação de rua na área central da cidade do Rio de Janeiro. Procurou-se compreender essas espacialidades por meio de aproximação e entrada no campo, diálogos, conflitos, limites e ética na pesquisa. Assim, o próprio o trabalho de campo constituiu-se num desafio epistemológico e ensejou reflexões e eventuais subsídios para a pesquisa geográfica.
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Robaina, I. (2018). O trabalho de campo como um lugar em processo: experiências de uma pesquisa geográfica com a população em situação de rua numa grande metrópole. GEOUSP: Espaço e Tempo (Online), 22(1), 241–256. https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2018.137916
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