Introdução: A incidência dos cancros da pele tem vindo a aumentar nos últimos anos em todo o mundo. O alerta das populações para a prevenção primária, promovendo o conhecimento sobre factores de risco e incentivando melhores comportamentos de proteção solar, bem como a prevenção secundária fomentando o auto-exame de pele e rastreios, são estratégias fundamentais da luta contra o cancro da pele. A Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia e a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, têm colaborado com o Euromelanoma, uma iniciativa pan-Europeia de informação e rastreio de cancro da pele, desde o ano 2000.Material e Métodos: Este estudo transversal consistiu na avaliação dos dados do formulário do Euromelanoma preenchido aquando do rastreio no dia do Euromelanoma, em Portugal Continental e Ilhas, nas instituições públicas e privadas, de 2010 a 2016.Resultados: Foram incluídos 9862 indivíduos, 63% mulheres e 37% homens, com uma média de idades de 48 anos. O número de lesões clinicamente suspeitas de malignidade, ou de risco de malignidade, foi relativamente baixo mas consistente com outros estudos publicados do Euromelanoma: 3% carcinoma basocelular, 0,4% carcinoma espinocelular, 1% melanoma e 6% de queratoses actínicas.Conclusão: A iniciativa do Euromelanoma suscitou a nível nacional e internacional uma maior sensibilização das populações para a temática do cancro da pele, com amplificação das mensagens pela comunicação social, assumindo-se como um importante tema de saúde pública, reconhecido pelas autoridades políticas e sanitárias.
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Duarte, F., Correia, O., Maia e Silva, J. N., Moura, C., Vieira, R., & Picoto, A. (2018). Euromelanoma in Portugal 2010-2016. Journal of the Portuguese Society of Dermatology and Venereology, 75(4), 345–355. https://doi.org/10.29021/spdv.75.4.873
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