Resumo Muitas angiospermas dependem da ação de animais para sua polinização. Embora a maioria das interações entre plantas e polinizadores não aparentem ser tão peculiares,de certa forma, parecem envolver algum grau de adaptação mútua de flor e animal. A morfologia floral é um dos mais importantes aspectos de interações planta-polinizador, pois determina a acessibilidade do polinizador ao néctar e a eficiência da deposição do pólen no corpo do polinizador e da aquisição do pólen pelo estigma. O presente trabalho pretende propor e validar uma metodologia que permita testar hipóteses quanto à existência de correlação morfológica entre flores e polinizadores. Uma abordagem de análise de série temporal foi proposta como medida de esforço observacional e a morfometria de comprimento e curvatura de corolas de bromélias e bicos de beija-flores foram utilizados como descritores para um teste de ajustamento, realizado por regressão logística. Em pequena escala, envolvendo quatro espécies de bromélias e sete de beija-flores, resultados levaram à rejeição da hipótese da existência de restrições morfológicas exercidas pelas bromélias no sentido de selecionar beija-flores pelo comprimento ou pela curvatura de seus bicos.Abstract Many angiosperms depend on animals for their pollination. Although most of the interactions between plants and pollinators do not seem to be so peculiar, everything seems to involve some degree of mutual adaptation between flowers and animals. Floral morphology is one of the most important aspects of plant-pollinator interactions, because it drives the floral resource accessibility by pollinators. This paper aims to propose and validate a methodology to test hypothesis on morphological correlation between flowers and their pollinators. A temporal series approach was made as an estimation of observational effort. The morphometry of cord and curvature of flower tubes and hummingbird bills were used as descriptors for an adjustment test made by logistic regression. In this modeling scale, with four bromeliads and seven hummingbird species, we rejected the hypothesis of the existence of morphological restriction imposed by bromeliads on the hummingbird selection, by means of its bill length or curvature.
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Capucho, L. C., Dalcolmo, S., Formigoni, T. de H., & Silva, A. G. da. (2007). Bromélias e beija-flores: um modelo observacional para testar hipóteses sobre correlações e adaptações morfológicas recíprocas. Rodriguésia, 58(1), 49–58. https://doi.org/10.1590/2175-7860200758106
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