Tendência dos acidentes de trabalho no agronegócio em Mato Grosso, Brasil, 2008 a 2017

  • Fava N
  • Soares M
  • Andrade A
  • et al.
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Resumo Objetivo: analisar a distribuição espacial e temporal dos indicadores de acidentes de trabalho (AT) e de outros agravos à saúde relacionados à produção agropecuária de Mato Grosso, no período de 2008 a 2017. Métodos: trata-se de estudo ecológico, com análise de tendência e correlação entre indicadores de produção agropecuária, florestal, mineral e AT. Resultados: as atividades econômicas do agronegócio com maior contribuição aos AT foram: abate e fabricação de produtos de carnes (16,9%) e agricultura (12,3%). Taxas de AT mais elevadas foram observadas nos municípios considerados os maiores produtores agropecuários (Paranatinga, Barra do Garças, Alta Floresta e Sorriso). Evidenciou-se que 58,4% dos AT no estado foram relacionados ao agronegócio. Foi encontrada correlação positiva e significativa entre o valor adicionado bruto e a taxa de incidência (r = 0,303; p < 0,001), mortalidade (r = 0,368; p < 0,001) e letalidade (r = 0,390; p < 0,001) por AT. Identificou-se tendência crescente na variação percentual anual de 7,3% (IC95%: 6,1;8,6) do esforço produtivo (hectare/habitante), de 6,2% (IC95%: 5,2;7,3) do esforço produtivo (exposição agrotóxico/habitante) e de 6,2% (IC95%: 4,1;8,3) das internações por neoplasias, bem como do crescimento da produção agrícola, dos insumos agrícolas e dos agravos à saúde. Conclusão: a maioria dos AT foram relacionados ao agronegócio, predominantemente nas atividades de frigoríficos e agricultura. Houve correlação positiva entre indicadores de produção agropecuária e de ocorrências e mortes por AT.Abstract Objective: to analyze the spatial and temporal distribution of occupational accident (OA) indicators and other agribusiness-related health issues in Mato Grosso, Brazil, from 2008 to 2017. Methods: ecological study using trend analysis and correlation calculation between agricultural, forestry, mineral production and OA indicators. Results: slaughtering and meat production (16.9%) and agriculture (12.3%) were the agribusiness activities with the highest contribution to OA. Municipalities considered the largest agricultural producers (Paratininga, Barra do Garças, Alta Floresta and Sorriso) showed the highest OA rates. Of the OA registered in the state, 58.4% were agribusiness-related. Gross value added presented a positive and significant correlation with the incidence rate (r = 0.303; p < 0.001), mortality (r = 0.368; p < 0.001) and lethality (r = 0.390; p < 0.001) by OA. Analysis showed an increasing trend in the annual percentage variation of 7.3% (95%CI: 6.1;8.6) in productive effort (hectare/inhabitant), 6.2% (95%CI: 5.2;7.3) in productive effort (pesticide exposure/inhabitant), and 6.2% (95%CI: 4.1;8.3) in hospitalizations for neoplasms, as well as the growth of agricultural production, agricultural inputs, and health problems. Conclusion: most OAs were related to agribusiness, mainly in meatpacking plants and agriculture. There was a positive correlation between indicators of agricultural production and occupational-related accidents and deaths.

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Fava, N. R., Soares, M. R., Andrade, A. C. de S., Pignatti, M. G., Corrêa, M. L. M., & Pignati, W. A. (2023). Tendência dos acidentes de trabalho no agronegócio em Mato Grosso, Brasil, 2008 a 2017. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 48. https://doi.org/10.1590/2317-6369/10521pt2023v48e3

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