Indicadores sócio-demográficos e a epidemia de dengue em 2002 no Estado do Rio de Janeiro, Brasil

  • Teixeira T
  • Medronho R
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Abstract

Este estudo analisou a epidemia de dengue em 2002 e o contexto sócio-demográfico do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, por meio de técnicas de análise espacial e de modelagem estatística. Calculou-se a taxa de incidência, segundo casos de dengue notificados e residentes no estado em 2002. Foram avaliadas associações entre tal incidência e variáveis sócio-demográficas, e a autocorrelação espacial usando-se o Índice Global de Moran, o qual revelou dependência espacial tanto para a variável desfecho quanto para as independentes. Foi utilizado o modelo de regressão linear multivariada. As variáveis: proporção de população urbana, percentual de população com água canalizada e percentual de cobertura de Programa Saúde da Família (PSF), explicaram 30,2% da variabilidade total das taxas de incidência para essa epidemia. Os resíduos não revelaram autocorrelação espacial. As associações encontradas se deram na direção esperada e tais achados são corroborados por outros estudos, que encontraram maiores incidências de dengue em localidades caracterizadas pela crescente urbanização e por déficit na rede de canalização e abastecimento de água, e que também evidenciaram o PSF como importante facilitador das estratégias de controle do vetor.This study analyzed the dengue fever epidemic in 2002 and the socio-demographic context of the State of Rio de Janeiro, Brazil, using spatial analysis and statistical modeling. The incidence rate was calculated for resident dengue cases in the State in 2002. The study analyzed associations between incidence and socio-demographic variables and spatial autocorrelation using the Moran Global Index, which showed spatial dependence for both the outcome and the independent variables. A multivariate linear regression model was used. The variables' proportion of urban population, percentage of the population with running water, and percentage of coverage by the Family Health Program (FHP) explained 30.2% of the total variance in the epidemic's incidence rate. The model's residuals did not show spatial autocorrelation. The associations were in the expected direction, and the findings are corroborated by other studies that showed higher dengue incidence in areas characterized by growing urbanization and deficient running water and water supply, while highlighting the FHP as an important facilitator of vector control strategies.

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Teixeira, T. R. de A., & Medronho, R. de A. (2008). Indicadores sócio-demográficos e a epidemia de dengue em 2002 no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 24(9), 2160–2170. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2008000900022

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