O artigo aborda os desafios colocados ao serviço de acolhimento de migrantes venezuelanos/as na cidade de Manaus, capital do Amazonas, no contexto da pandemia de Covid-19. Descrevemos brevemente sobre a presença desses migrantes na cidade, focando em uma ocupação que ganhou corpo no entorno da rodoviária. Trazemos também a resposta governamental, por meio de intervenção militar, que resulta no reordenamento do espaço. O intuito é problematizar os limites da resposta estatal e a acentuação das vulnerabilidades destes migrantes com a chegada do novo coronavírus (SARS-CoV-2), uma vez que o projeto executado não visava o afastamento social nem contemplava as condições de higiene pessoal preconizadas pelas autoridades sanitárias para a prevenção da doença. Os dados apresentados procedem de pesquisa de campo intermitente realizada desde agosto/2017 a maio/2020. Ao final, comentamos resumidamente como as condições de pesquisa, tal qual a vida dos/as interlocutores/as, foram impactadas pelas medidas de prevenção à pandemia.
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Vasconcelos, I. D. S., & Santos, S. M. A. (2020). A oleada venezuelana. Cadernos de Campo (São Paulo 1991), 29(supl), 94–104. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v29isuplp94-104
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