Simondon situou o conjunto de seus trabalhos sob o signo de uma confrontação entre a filosofia e as ciências humanas. Partindo da constatação de que as ciências humanas de sua época são insuficientemente unificadas e que elas perdem a realidade do homem concreto e completo, ele quer propor uma filosofia da individuação humana que possa renovar os saberes sobre o homem. Esta filosofia da individuação se apresenta como um esforço para casar estreitamente duas dimensões da realidade humana que são habitualmente tratadas separadamente: as formas de organização social de um lado, os modos de confrontação à matéria do outro. Em suma, o social e o técnico. Na capacidade de pensar conjuntamente estas duas dimensões, do social e do técnico, lança-se, segundo Simondon, a possibilidade de propor um novo humanismo à altura dos desafios contemporâneos.
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Guchet, X. (2014). O Corpo Social do Sujeito. Filosofia e Educação, 6(3), 157–186. https://doi.org/10.20396/rfe.v6i3.1755
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