RE SU MO Nos últimos anos, em particular na última década, tem-se assistido a um interesse cada vez maior pelo estudo sobre o cuidador informal do doente com demência e sobre a sua importância na melhoria da qualidade de vida e no adiamento da institu- cionalização do doente. A importância do papel do cuidador e as características associadas ao acto de cuidar, nomeadamente a sobrecarga objectiva e subjectiva, o stress psicológico e os aspectos positivos do acto de cuidar têm sido identificados e des - critos. No entanto, a educação dos cuidadores informais é relativamente recente e ainda pouco estruturada, sobretudo no nos- so país. Abordamos aqui os aspectos que consideramos importantes na educação do cuidador e no papel do clínico para a sua promoção em consulta. As alterações comportamentais dos doentes são os factores de stress psicológico que apresentam maior sobrecarga para os cuidadores. A investigação aponta para a importância de um conjunto de estratégias de educação para a) o cuidado do doente, e b) o auto-cuidado do próprio cuidador. Salienta-se o papel da auto-eficácia percebida do cuidador como mediador entre os stressores psicológicos e a sintomatologia depressiva. Reforça-se ainda o papel do cuidador como parceiro activo, quer na prestação de cuidados básicos, quer na implementação e adequação de terapêuticas não-farmacológicas.
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Madureira, S. (2010). A educação dos cuidadores. Revista Portuguesa de Clínica Geral, 26(1), 62–67. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v26i1.10714
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