Flebotomíneos transmissores de tripanosomatídeos foram capturados no município de Tabatinga, com armadilhas luminosas do tipo CDC e em coletas manuais por aspiração em bases das árvores. Em agosto de 2010 e 2011, foram capturados 4.542 flebotomíneos (♂: 71,9% e ♀: 28,1%) vetores ou suspeitos de transmitirem tripanosomatídeos, pertencentes a 13 espécies. A espécie mais abundante foi Lutzomyia umbratilis com 78,7%, seguida de L. dendrophyla com 10,5%, L. davisi 3,4%, L. shannoni 2,2%, L. yuilli 1,6%. Um total de 576 (74%) fêmeas do gênero Lutzomyia foram dissecadas, sendo observada infecção natural por tripanosomatídeos em 44 indivíduos. Observou-se no trato digestório dos flebotomíneos a presença de sangue em decomposição em 86,3%; sendo que no que se refere aos ovários, 59% mostravam-se em desenvolvimento. Análise isoenzimática de dez isolados, demonstrou perfis similares a Leishmania colombiensis e Endotrypanum sp., no entanto, o perfil do locus MDH demonstrou maior similaridade para o gênero Endotrypanum. Esta é a primeira investigação da fauna entomologia e tentativa de isolamento de tripanosomatídeos no município de Tabatinga, área de tríplice fronteira com o Brasil.
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Soares, F. V., Freitas, R. A. de, Figueira, L. D. P., & Franco, A. M. R. (2017). Vetores de tripanosomatídeos (Kinetoplastida: Trypanosomatidae) em Tabatinga, Amazonas, Brasil. Acta Brasiliensis, 1(2), 23. https://doi.org/10.22571/actabra12201718
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