O espaço físico sempre foi essencial à evolução histórica do termalismo. A arquitectura termal afi rmou-se como um ramo da ciência especializada, articulando planos e programas disciplinares da geologia, engenharia e medicina. As premissas higienistas oitocentistas traduziram-se em soluções construtivas e arquitectónicas, onde o desenho e a singularidade da forma significam, na cenografia ideal, um esforço criado para a “arte de curar”, fazendo um jogo e uma deambulação entre o que é imposto pela prescrição médica e os rituais de lazer sugeridos pelo quotidiano do aquista. De forma inovadora, o microcosmo termal português também se afirmou com valores próprios, soluções engenhosas e arquitectura adequada aos investimentos possíveis. Ontem, como hoje, Portugal teve e tem, nas suas estâncias termais, um potencial de desenvolvimento, com a criatividade a ter um papel importante na construção de ambientes propícios à promoção da saúde e do lazer.
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Mangorrinha, J., & Gonçalves-Pinto, H. (2015). A inovação na arquitectura termal portuguesa. Agua y Territorio, (6), 12–21. https://doi.org/10.17561/at.v0i6.2806
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