Parte I A denominada 'medicina baseada em evidências' (MBE) originou-se do movimento da epidemiologia clínica anglo-saxônica, iniciado na Universidade McMaster no Canadá no início dos anos noventa. É definida em termos genéricos como o " processo de sistematicamente descobrir, avaliar e usar achados de investigações como base para decisões clínicas " (Evidence Based Medicine Working Group, 1992). Atualmente, a MBE está bastante em voga no âmbito biomédico, aí assumindo um papel de destaque, de tal modo que suas influências nas condutas médicas se manifestam significativamente. Basta consultar o Medline para obter profusas referências, atestando a difusão da proposta. Vale ressaltar que os adeptos da MBE propõem uma escala tipológica da força das evidências que deve ser considerada para os processos decisórios nas práticas biomédicas. Temos, deste modo, a pretendida meta de aperfeiçoar o uso do raciocínio para além da casuística clínica de cada médico e de seus potenciais vieses. Para tal finalidade ser atingida, devem-se seguir determinados princípios, bem sintetizados por Jenicek (1997, p.189):
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Castiel, L. D., & Póvoa, E. C. (2002). Medicina Baseada em Evidências: “novo paradigma assistencial e pedagógico”? Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 6(11), 117–121. https://doi.org/10.1590/s1414-32832002000200009
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