O objetivo deste artigo é discutir a possibilidade de um olhar fenomenológico-existencial aos testes projetivos, amplamente usados como instrumentos de avaliação psicológica e psicodiagnóstico. Inicialmente, o conceito de projeção é mapeado em suas diversas definições, começando pela concepção psicanalítica (que, classicamente, é entendida como “a oficial” e dá suporte às leituras e interpretações dos resultados obtidos com base no traçado e nas histórias contadas pelo testando). Em seguida, serão mostradas outras perspectivas do termo, com base na visão de autores do âmbito da fenomenologia existencial, como Sartre e Merleau-Ponty. Ao longo do texto, serão feitas algumas propostas de entendimento das provas gráficas com uma metodologia fenomenológico-existencial (como exemplo, a maiêutica socrática), que não trabalha com base em critérios prévios de análise, mas entende a fundamental participação do sujeito na “doação de significados” e na devolutiva dos resultados, momento em que a análise se completa.
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Cipullo, M. A. T., & Azevedo, D. C. de. (2018). A perspectiva fenomenológico-existencial na compreensão das técnicas projetivas no psicodiagnóstico infantil. Psicologia Em Revista, 24(1), 139–157. https://doi.org/10.5752/p.1678-9563.2018v24n1p139-157
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