O presente estudo teve como objetivo avaliar a adaptação parental (em termos de perceção de sobrecarga e stresse parental), bem como o papel das características de resiliência de pais e mães na adaptação parental. A amostra foi constituída por 45 casais, pais de crianças com um diagnóstico de deficiência/anomalia congénita. O protocolo de avaliação incluiu a Escala de Resiliência para Adultos (ERA), a Escala de Impacto Familiar (EIF) e o Índice de Stress Parental (Forma reduzida) (ISP). Os resultados mostraram que as mães apresentaram valores mais elevados de Distress parental e os pais valores mais elevados na dimensão Interação disfuncional pais‑criança.Relativamente à sobrecarga, não se verificaram diferenças significativas entre mães e pais. Em ambos os progenitores, aresiliência mostrou‑se associada a melhor adaptação. A resiliência materna não se mostrou associada à adaptação paterna, mas constatou‑se que níveis elevados de resiliência paterna se associaram significativamente a melhor adaptação materna. As característicasresilientes revelaram‑se como importantes determinantes na adaptação parental. Estesresultados enfatizam ainda a necessidade não só de avaliar os pais e as mães separadamente, mas também o casal como unidade de análise, e de analisar os recursos parentaise os potenciais efeitos cruzados no desenho de intervenções terapêuticas.
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Albuquerque, S., Pereira, M., Fonseca, A., & Canavarro, M. C. (2016). Resiliência, stresse parental e sobrecarga de pais de crianças com diagnóstico de anomalia congénita. Psychologica, 58(2), 7–23. https://doi.org/10.14195/1647-8606_58-2_1
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