Apesar da decisão de manter o Português como segunda língua oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), pouca ou nenhuma atenção é prestada à definição de uma política de língua ou à reforma educativa necessária ao processo de implementação de um verdadeiro bilinguismo ou, preferencialmente, trilinguismo que, tal como aconteceu em países e regiões vizinhas, contribua para o desenvolvimento económico e social de Macau. Esse desinvestimento político, aliado à falta de um sentimento de pertença à terra ou coesão comunitária entre a população que reside no território, impediu um processo de construção identitária no qual o Português e a sua herança histórico-cultural funcionem como mais-valias do desenvolvimento e afirmação da RAEM, não apenas na região onde se situa geograficamente, mas no mundo.
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Água-Mel, C. (2013). Um Macau “Imaginado” em Língua Portuguesa. Fragmentum, 0(35). https://doi.org/10.5902/217921947870
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