A perspectiva do teletrabalho foi revigorada durante a pandemia e com a utilização das tecnologias de informação e comunicação (TICs), somadas à flexibilidade, reivindica mudança organizacional, especialmente, a partir da atuação da Gestão de Pessoas (GP). Neste sentido, o presente artigo se propôs analisar o estado da arte na temática de práticas de gestão de pessoas no contexto do teletrabalho. Trata-se de um estudo com fins descritivos, de natureza qualitativa, utilizando análises bibliométricas, para suportar a revisão sistemática da literatura aqui proposta. Realizou-se um levantamento na base Web of Science, sem recorte temporal. Após a efetivação do protocolo, optou-se pela utilização dos softwares RStudio e VOSviewer para a execução das análises bibliométricas. Três clusters de pesquisa distintos foram agrupados: (1) relação entre as práticas de gestão de pessoas e os novos arranjos flexíveis de trabalho; (2) paradoxo indivíduo-organização quando o teletrabalho é experienciado; e (3) o papel das práticas de gestão de pessoas no contexto do teletrabalho. Constatou-se que o campo de estudos em práticas de gestão de pessoas no contexto de teletrabalho é marcado pela urgência na atualização das pesquisas e propostas que produzam transformações e priorizem o real vivido pelos teletrabalhadores, organizações e sociedade. Se antes da crise pandêmica global, novos arranjos de trabalho flexíveis já anunciavam cenários auspiciosos, embora desafiadores para a gestão, de agora em diante eles vieram para se estabelecer como alternativas efetivas de rearranjo de trabalho, resguardadas as especificidades culturais de cada organização.
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Melo, T. A. de, Demo, G., & Caneppele, N. R. (2023). Com (ou sem) licença, estou chegando! (re)visitando itinerários de pesquisa e (re)desenhando práticas de gestão de pessoas para o teletrabalho. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 22(3), 442–465. https://doi.org/10.21529/recadm.2023018
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