Os principais objetivos deste artigo são discutir e problematizar como determinadas representações étnico-raciais e de gênero são construídas e reiteradas cotidianamente no ambiente da educação básica. Esta análise se vincula às teorizações produzidas pelos Estudos Culturais em Educação, a partir de situações cotidianas no ambiente escolar e de excertos de entrevistas aplicadas, ao longo de um ano de trabalho de campo, com crianças da educação infantil de uma escola pública municipal e com crianças do ensino fundamental de uma escola privada, ambas localizadas no Rio Grande do Sul. Os resultados da pesquisa apontam que, desde a infância, alunos (as) da educação básica incorporam e disseminam representações ‘estereotipadas’ relativas aos pertencimentos étnico-raciais e de gênero. De modo particular, foi possível observar que os sujeitos que não se enquadravam em características fenotípicas consideradas ideais eram representados negativamente e discriminados. No entanto, o estudo mostrou também a importância de pedagogias que questionam e deslocam as representações de raça e de gênero dominantes, a partir da perspectiva de uma educação antirracista.
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Guizzo, B. S., Zubaran, M. A., & Beck, D. Q. (2017). Raça e gênero na educação básica: pesquisando ‘com’ crianças. Acta Scientiarum. Education, 39, 523. https://doi.org/10.4025/actascieduc.v39i0.29311
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