O artigo analisa a polissemia da palavra experimenta- ção no contexto da Educação em Ciências, a partir da filosofia da linguagem expressa em obras do chamado “Círculo de Bakhtin”. Primeiramente, são discutidos os conceitos de tema e de significação, conforme definidos por Voloshinov. A seguir, faz-se o levantamento de um material empírico, consistindo no conjunto de significações correntes da palavra experimentação (e palavras derivadas), conforme registradas em dicionários. A partir desse material, sugere-se uma estrutura para o conceito de experimentação, consistindo na proposta de três domínios semânticos cujos conteúdos concorrem para a significação dessa palavra. Um breve estudo histórico mostra como esses domínios são preenchidos por diferentes conteúdos ao longo da trajetória do ensino das ciências. Finalmente, considerando a historicidade dessa estrutura do conceito em investigação, aventam-se possi- bilidades para estudos futuros, tomando-se em consideração as relações entre experimentação no ensino e tendências pedagógi- cas, sejam elas hegemônicas ou contra hegemônicas
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Rafael Cava, M., & Antonio Aprigio da Silva, C. (2017). A polissemia da palavra “Experimentação” e a Educação em Ciências. Química Nova Na Escola, 39(3). https://doi.org/10.21577/0104-8899.20160087
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