Geologia e geocronologia do Complexo Uvá, Bloco Arqueano de Goiás

  • Jost H
  • Fuck R
  • Dantas E
  • et al.
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Hardy Jost et al. INTRODUÇÃO Terrenos arqueanos perfazem cerca de 20.000 km 2 do Maciço de Goiás, dos quais aproximadamente 80% são complexos granito-gnáissicos e 20% greenstone belts (Fig. 1a). Desde o final da década de 1970, o detalhamento das caracterís-ticas geológicas recaiu sobre as rochas supracrustais, em virtude do seu significado geológico e do potencial mineral. Isto relegou Resumo O complexo Uvá é a associação de ortognaisses mais meridional dos terrenos arqueanos de Goiás. Limita-se a norte com o greenstone belts Serra de Santa Rita e Faina, a sul e sudeste com rochas metassedimentares proterozóicas e a oeste com depósitos terciário-quaternários representados por platôs lateríticos e depósitos fluviais. Mapeamento em escala 1:100.000 revelou que o complexo consiste de infraestrutura desdobrada no domínio Rio do Índio, de gnaisses dioríticos, tonalíticos e granodioríticos bandados, polideformados e de idade de ca. 2,93 Ga., e domínio Rio Vermelho, de corpos tabulares, com foliação de intensidade variável, de metatonalito, metamonzonito e metagranodiorito e idade de 2,75 Ga. O bandamento composicional dos gnaisses tonalíticos do domínio Rio do Índio tem orientação N25 o-35 o W,20 o-60 o SW, enquanto as metaplutônicas adjacentes do domínio Rio Vermelho têm foliação que segue a orientação geral do contato com os gnaisses e variável de N25 o W,20 o SW no sudeste a N70 o W,65 o SW no oeste, o que reproduz, grosso modo, estrutura em meio domo. Os gnaisses granodioríticos do domínio Rio do Índio ocorrem em contato por falha em meio aos metamonzonitos e metatonalitos do domínio Rio Vermelho, o que sugere relação de imbricação tectônica de porte. Ambos domínios têm idade modelo Sm-Nd entre 3,0 e 3,2 Ga, indicativo de repetida anatexia crustal. A infraestrutura está coberta por supraestrutura de estensa nappe de rochas metaultramáficas, subordinadamente metamáficas, cujos prováveis protólitos são komatiitos e basaltos, com raras intercalações de formações ferríferas. Um corpo de muscovita-granito (Granito Davinópolis), com várias fácies, inclusive subvulcânica, e outro de sienito (Sienito Serra das Araras) intrudem a infraestrutura e a supraestrutura máfico-ultramáfica, ambos provavelmente associados ao Ciclo Brasiliano. Abstract GEOLOGY AND GEOCHRONOLOGY OF THE UVÁ COMPLEX, ARCHEAN BLOCK OF GOIÁS, CENTRAL BRAZIL The Uvá complex is the southernmost orthgneiss assemblage of the Archean terrain of Goiás. It is limited to the north by the Serra de Santa Rita anf Faina greenstone belts, to south and southeast by Proterozoic metasedimentary rocks, to the east by Terciary-Quaternary units represented by lateritic plateaux and fluvial deposits. One for one hundred thousand scale geologic mapping revealed that the complex consists of an infrastructure that contains two domains: the Rio do Índio domain comprises banded and polydeformed dioritic, tonalitic and granodioritic gneisses of 2.9 Ga, and the Rio Vermelho domain, made up of tabular, variably foliated metatonalite, metamonzonite and metagranodiorite bodies of ca. 2.75 Ga. The compositional banding of the largest tonalitic body of the Rio do Índio domain has an average orientation N25 o-35 o W,20 o-60 o SW, whilst the foliation of the adjacent Rio Vermelho metaplutonic rocks follows the contact between both units, being N25 o W,20 o SW in the southeast and N70 o W,65 o SW in the west, which reproduces a dome-shaped structure. The granodioritic gneisses of the Rio do Índio domain probably occur as a large imbricated body whithin the metaplutonic rocks of the Rio Vermelho domain. Both domains have a Sm-Nd model age between 3.0 and 3.2 Ga, but their igneous protoliths differ in U-Pb zircon age of about 175 m.y., which indicated repeated crustal anatexy. The gneiss and metaplutonic infrastructure is extensivelly covered by a nappe suprastructure mostly composed of metaultramafic, subordinately metamafic rocks of probably komatiite and basalt protolith, with minor iron formation intercalations. A body of muscovite granite (Davinópolis Granite), with several facies including subvolcanic and xenolith-rich facies, and a syenite (Serra das Araras Syenite) intrude the infrastructure and suprastructure, and are probably related to the Neoproterozoic Brasiliano Cycle.

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Jost, H., Fuck, R. A., Dantas, E. L., Rancan, C. C., Rezende, D. de B., Santos, E., … Silva, S. E. e. (2005). Geologia e geocronologia do Complexo Uvá, Bloco Arqueano de Goiás. Revista Brasileira de Geociências, 35(4), 559–572. https://doi.org/10.25249/0375-7536.200535559572

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