RESUMO Objetivo: identificar se existe diferença nos achados do Potencial Evocado Auditivo de Longa Latência em relação à latência e amplitude, em diferentes modos de contagem do estimulo raro, sendo contando mentalmente ou marcando no papel (sem memorizar). Métodos: esse estudo teve caráter prospectivo e transversal. A amostra foi composta por conveniência sendo constituída por 49 indivíduos, sendo 29 do gênero feminino e 20 do gênero masculino. Foram realizados os seguintes procedimentos: Inspeção Visual do Meato Acústico Externo, Audiometria Tonal Liminar, Medidas de Imitância Acústica e Potencial Evocado Auditivo de Longa Latência, o qual foi realizado duas vezes, uma após a outra, com os indivíduos atentando ao estímulo raro, começando sempre contando mentalmente e após marcando em um papel. Resultados: houve diferença estatisticamente significante entre as orelhas para as latências de P1, P2 e amplitude de N1 para o método de marcação no papel, da latência de N1 para o método de contagem mental dos estímulos raros, e da amplitude de P2 em ambos os métodos, porém com todos os valores dentro da faixa de normalidade. Além disso, a diferença estatisticamente significante também foi evidente na comparação entre os gêneros, sendo encontrados valores de latência maiores de P2 e N2 para o gênero masculino em ambos os métodos de contagem dos estímulos raros. A amplitude de P1, P2 e P3 foi menor no gênero masculino nas diferentes formas de contagem, sendo no P2 a diferença apenas no método contando mentalmente. Ao compararmos os métodos, houve diferença estatisticamente significante apenas para a latência de P2, a qual foi maior para o método marcando no papel. Conclusão: não houve diferença para as latências e amplitudes dos potenciais evocados auditivos de longa latência na comparação da contagem do estímulo raro (contando mentalmente e marcando no papel) para quase todos os potenciais, com exceção do potencial P2 em relação à latência e amplitude.ABSTRACT Purpose: identifying if there are differences in the findings of Long Latency Auditory Evoked Potencial for latency and amplitude in different ways of counting the rare stimulus, being mentally counting or marking on paper (without memorizing). Methods: this study was prospective and transversal. The sample consisted of convenience and comprised by 49 subjects, including 29 females and 20 males.The following procedures were performed: Visual inspection of the external auditory canal, pure tone audiometry, acoustic immittance measures and long latency auditory evoked potentials, which was performed twice, one after the other, with individuals paying attention to the rare stimulus, always starting counting mentally and after marking on paper. Results: there were significant differences between the ears to the P1, P2 latencies and amplitude of N1 for the method of marking on paper and the amplitude of P2 in both methods but with all values within the range normality. In addition, a statistically significant difference was also evident when comparing genders, being found larger latency values of P2 and N2 for males in both counting methods of the rare stimuli. The amplitude of P1, P2 and P3 was lower in males in different ways to count, being in P2 the only difference in the method counting mentally. When comparing the methods, there was a statistically significant difference only to the latency of P2 which was higher values for the method of marking on paper. Conclusion: there were no differences for the latencies and amplitudes of the long latency potentials in comparison of the rare stimulus score (counting mentally and marking on paper) for almost all potentials except for P2 potential regarding to amplitude and latency.
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Bruno, R. S., Oppitz, S. J., Garcia, M. V., & Biaggio, E. P. V. (2016). Potencial evocado auditivo de longa latência: diferenças na forma de contagem do estímulo raro. Revista CEFAC, 18(1), 14–26. https://doi.org/10.1590/1982-021620161816415
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