Fitorremediação consiste no uso de plantas para mitigação de ambientes poluídos, tanto os terrestres como os aquáticos. Embora esta ecotecnologia tem crescido consideravelmente nas últimas décadas, a expansão de sua aplicação ainda esbarra no desafio para selecionar espécies de plantas com tal potencial. Neste trabalho, duas espécies de macrófitas aquáticas, Spirodela polyrhiza e Ricciocarpus natans, foram estudadas em experimentos laboratoriais para avaliação de seu desempenho na remoção de manganês (Mn) e do ferro (Fe) em solução. Plantas de S. polyrhiza foram testadas para ambos metais e submetidas às concentrações de 10, 15, 20, 25 e 30 mg/L de Mn e Fe. Enquanto plantas de R. natans foram submetidas às concentrações de 1, 2, 6 e 18 mg/L de Fe. Os resultados mostraram que plantas de S. polyrizha foram capazes de remover 34% do Mn e até 80% do Fe adicionados na solução. Entretanto, a redução da biomassa e do conteúdo de clorofila foi detectada nessas plantas. As plantas de R. natans, removeram até 50% do Fe nas concentrações de 2, 6 e 18 mg/L e não demonstraram queda da biomassa e clorofila em nenhuma das concentrações testadas, evidenciando resultados promissores para a fitorremediação de Fe. Estudos com experimentos de campo são necessários para considerar as variantes ambientais envolvidas no processo de remediação. No entanto, os achados aqui apresentados trazem, à luz da ciência, contribuições significantes para o conhecimento fitorremediador de S. polyrizha e R. natans, espécies aquáticas amplamente distribuídas nos corpos d’ água brasileiros.
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Silva, D. M., Lizieri, C., & Oliveira Júnior, E. S. (2021). Plantas aquáticas em ecotecnologias: perspectivas para fitorremediação de ferro e manganês. Research, Society and Development, 10(3), e29510313320. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13320
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