Este trabalho analisa a contribuição do agronegócio para o saldo comercial do Brasil. Uma nova classificação de balança comercial do agronegócio foi criada e usada para analisar os lados dos produtos exportados (representados pelos produtos agrícolas, produtos de origem animal e alimentos industrializados) e dos insumos importados (representados pelos fertilizantes) para o período de 1989 a 2005. Foram elaborados modelos de importação e exportação a fim de retratar e explicar o comportamento dessas variáveis, empregando a Análise de Auto-Regressões Vetoriais (Vector Autoregression Analysis - VAR). Pôde-se observar que um aumento de 1% na atratividade - dada pelo produto do câmbio e dos preços externos - impulsiona as exportações de produtos agrícolas não processados em 1,71% imediatamente, estabilizando-se em 2% após alguns trimestres. A atratividade explica de 60% a 74% da variância dos erros de previsão dessas exportações. Nota-se que uma desvalorização cambial, por exemplo, aumenta mais as exportações de produtos do que as importações de fertilizantes. Além disso, um crescimento de 1% no PIB doméstico exerce impacto expressivo (convergindo em -1,7%) de contenção das exportações dos produtos agrícolas.This study aims to analyze the agribusiness contribution to Brazil's trade balance. A new classification of the agribusiness trade balance was proposed and used to analyze the aspects of the exported products - agricultural products, products of animal origin, industrialized foods and imported inputs - represented by fertilizers. Imports and exports vector autoregression models were used to explain the behavior of these variables. An increase of 1% in the attractiveness - product of the exchange rate by the international prices - boosts immediately the exports of non processed agricultural products by 1.71%, stabilizing at 2% after some trimesters. The attractiveness explains 60 to 74% of the forecast error variances of these exportats. It is noted that an exchange rate devaluation stimulates more the exports of products than it does the fertilizer imports. Besides, an increase of 1% of the GDP has an expressive impact (converging into -1.7%) on agricultural products exports.
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Barros, G. S. de C., & Silva, S. F. (2008). A balança comercial do agronegócio brasileiro de 1989 a 2005. Revista de Economia e Sociologia Rural, 46(4), 905–935. https://doi.org/10.1590/s0103-20032008000400001
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