Resumo Este é o quarto artigo de um debate com Luis Felipe Miguel sobre a MAV e, como tal, responde às objeções feitas pelo autor em texto anterior, intitulado Uma Resposta. Miguel argumenta que a MAV é utilizada pelo site Manchetômetro com propósitos de intervenção pública, e não com fins acadêmicos. Mostro que, na sociedade de hoje, é comum metodologias acadêmicas serem usadas para subsidiar o debate público. Ele também critica a cientificidade e a acurácia da MAV. Em resposta, mostro que a MAV foi empregada muitas vezes no Brasil em estudos de mídia e é fartamente aplicada na academia de língua inglesa, inclusive nos jornais mais prestigiosos da área de ciência política. Por fim, comparo a MAV à análise de enquadramentos, metodologia fartamente utilizada na academia nacional, para mostrar que a determinação de valências de textos é operação mais simples, e, portanto, muito menos sujeita à variação, do que a interpretação de complexas construções semânticas que são os enquadramentos.Abstract This is the fourth article in a series of exchanges with Luis Felipe Miguel about the methodology of Sentiment Analysis (SA). In his last piece, simply entitled An Answer, Miguel argues that SA is employed in the website Manchetômetro as a political intervention and not as academic work. I respond to that objection showing that academic methodologies are currently employed in several initiatives aimed at intervening in public debates. Miguel also claims that SA is not scientific or accurate. I then show that SA has been abundantly employed by Brazilian and English speaking scholars working on media and politics and that the most prominent political science periodicals frequently publish articles that use that methodology. Finally, through a hypothetical experiment I compare SA with frame analysis, a commonly used methodology in Brazilian media studies, to show that the latter must necessarily produce less accurate results than the former.
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Feres Júnior, J. (2016). Análise de valências, debate acadêmico e contenda política. Revista Brasileira de Ciência Política, (20), 313–322. https://doi.org/10.1590/0103-335220162009
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